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Mensagem Pastoral - Julho 2014
01:51 , qua, 20/ago/14

Mensagem Pastoral – Julho 2014

Olhar para o FUTURO sem esquecer o PASSADO – este é o melhor PRESENTE

“Vocês terão comida até não querer mais e louvarão o Senhor, seu Deus, que derramou tantas bênçãos sobre vocês.” Joel 2.26

A nossa vida é marcada pelo tempo. Vivemos no presente, mas ao mesmo tempo, parece que estamos sempre ligados no futuro e também no passado. Estamos no futuro quando pensamos e nos preocupamos com o dia de amanhã (ou com a próxima semana, mês, ano,…) o que muitas vezes resulta em ansiedade. Estamos no passado quando as lembranças do que passou ainda se encontram bem vivas em nossa memória. Tanto as lembranças ruins como as boas. Quando nos concentramos nas lembranças ruins, experimentamos muita frustração. Quando nos concentramos nas boas lembranças, a gratidão a Deus simplesmente brota em nosso coração.

Outra característica nossa é que quanto mais novos, mais sonhamos com o futuro (“quando eu crescer vou…”) e quanto mais idosos, mais lembramos do passado (“me lembro como se fosse ontem a história…”). Tudo isso faz parte do ser humano. Mas a vida se torna bem complicada e confusa quando as pessoas sempre estão com o pensamento na época que não estão vivenciando.

Para evitarmos estas frustrações é bem importante exercitarmos nossa fé em Deus. O texto do profeta Joel nos traz uma promessa dirigida ao povo de Israel: eles teriam fartura e isso os levaria a louvar a Deus. E Ele cumpre fielmente todas as suas promessas. Portanto, podemos ter a certeza de que Deus cuida também de nós. Basta olharmos ao nosso passado e constatarmos as incontáveis bênçãos, suprimentos, proteção, curas, livramentos, ensinamentos,…mas também as pessoas, a natureza, o ar, o sol que Deus tem nos dado.

O mês de julho, em nossa Comunidade Evangélica de Canoas, é mês de GRATIDÃO. Neste mês lembramos de forma especial o modo como Deus tem cuidado de nós. Por isso manifestamos a Ele nossa gratidão de diversas formas: através do Culto de Ação de Graças, de todo tipo de ofertas (especialmente uma amostra daquilo que sabemos fazer), de louvor, de reflexão sobre o assunto, do almoço comunitário e da alegria pela comunhão.

Mas para isso, essencial é que voltemos nossos pensamentos para o passado, principalmente para os últimos meses e último ano, e ali lembremos de tudo aquilo que temos recebido graciosamente de nosso bondoso Deus. Ao fazermos este exercício, certamente teremos muitos motivos para agradecer.

Grande abraço,
Pastor Carlos

Mensagem Pastoral - Junho 2014
22:20 , sex, 30/mai/14

Mensagem Pastoral – Junho 2014

Babel, Pentecostes e Copa?

 “Aí disseram: Agora vamos construir uma cidade que tenha uma torre que chegue até o céu. Assim ficaremos famosos e não seremos espalhados pelo mundo inteiro.” Gênesis 11.4 

Se pesquisamos no Google o assunto “edifício mais alto do mundo” vamos constatar que, em meio a tantas guerras e disputas em nosso mundo, existe também uma disputa permanente entre os países para ver quem tem o edifício mais alto do mundo. Desde 2010 o mais alto do mundo é o Burj Khalifa, no Dubai com 828 mts. Neste ano de 2014 os EUA concluem o edifício mais alto do Ocidente (541 mts), o One World Trade Center, construído no local onde existiam as chamadas “Torres Gêmeas”, destruídas no atentado do 11 de setembro de 2001. Também em 2014 a China irá concluir o seu edifício com 632 mts e, em 2019, está previsto o maior de todos, na Arábia Saudita, com cerca de 1.000 mts!!! São as “torres de Babel” dos nossos dias. O objetivo parece que continua o mesmo: “assim ficaremos famosos”.

Naquela história de Gênesis 11, diz que o povo da época, construiu uma cidade e nesta cidade começaram a construir a torre. A cidade chamava Babel, também chamada de Babilônia, a mesma onde Nabucodonosor era rei e para onde o povo de Israel foi levado prisioneiro e ali ficou por 70 anos (Jr 25-34).

A construção da torre de Babel foi interrompida por Deus e ele fez isso através do milagre de “atrapalhar” a comunicação entre eles que, até então, só falavam uma língua. Como eles não mais entendiam o que os outros falavam, diz o texto que se espalharam pelo mundo.

No dia de Pentecostes aconteceu um milagre ao contrário de Babel. Pelo poder do Espírito Santo, povos vindos de todos os lugares para Jerusalém e com línguas diferentes, começaram a entender a pregação que Pedro fazia a respeito de Jesus. Este milagre aconteceu porque Deus queria que os diferentes povos ouvissem e entendessem o Evangelho. O propósito aqui era bem diferente daquele que os habitantes de Babel tinham de ficarem famosos.

E a Copa, o que tem a ver com isso? Muita coisa, eu diria. Uma semelhança é que nos três eventos existe muita gente reunida e gente de todos os lugares (em Babel lemos sobre a origem destes muitos povos). Outra semelhança entre Babel e a Copa é que o propósito de buscar a fama está bem presente. E não são apenas os jogadores, os times, os técnicos que querem ficar famosos. Também os governos, o mercado, o turismo e os construtores destes estádios querem tirar proveito do evento.

Existem vantagens de sediarmos uma Copa? Acho que sim. Espero que sim. Desde que ela não sirva apenas para criar novos famosos ou nos desviar de nossa realidade e nossos problemas cotidianos.

Grande abraço,
Pastor Carlos

Mensagem Pastoral - Maio 2014
01:24 , sex, 02/mai/14

Mensagem Pastoral – Maio 2014

O Mercado e a Igreja

 “Ai de você! Ai de você, Babilônia, grande e poderosa cidade! Em apenas uma hora você já foi castigada! Os comerciantes do mundo inteiro também gritam e se lamentam por causa dela porque ninguém mais compra os produtos deles. Ninguém compra o seu ouro, prata,… seda, lã…perfumes, vinho, azeite, farinha…nem gado e ovelhas, cavalos e carruagens, nem escravos ou outros seres humanos.” Apocalipse 18.10-13. 

Tanto e mercado como a igreja fazem parte de qualquer cidade. Podemos até dizer que existe uma lei do mercado e uma lei da igreja. A lei do mercado é dirigida pelo lucro a lei da igreja, pelo Evangelho. As duas são muito diferentes.

Uma das maiores dificuldades da igreja é que, na maioria das vezes, seus membros são regidos apenas pela lei do mercado e esquecem como funcionam as coisas na igreja. Portanto, vejamos algumas diferenças:

Na lei do mercado, existem contratos e as leis são bem rígidas, especialmente quando o cliente não cumpre com suas obrigações. Com um dia de atraso, o cliente já é castigado com juros e multas. No mercado nada é de graça. Tudo precisa ser pago. Também no mercado se vende de tudo. Conforme o texto de Apocalipse, na grande cidade da Babilônia, vendiam-se até “escravos e outros seres humanos”. E não assim que se diz que “cada pessoa tem seu preço”? Infelizmente esta é a lei que determina quase tudo em nossas cidades, desde a política (quando ela é dominada pelo “toma-la, dá cá”) passando pelo comercio e inclusive o mundo do crime. Por vezes, algumas igrejas também funcionam por esta lei. Como Comunidade Evangélica de Canoas temos resistido a esta lei. Pois se a adotássemos, algumas coisas seriam bem diferentes, por exemplo: as contribuições não seriam mais livres, mas valores estipulados; contribuições atrasadas teriam juros e multa, além de um cobrador para ligar e lembrar os membros do pagamento. Daí, também sepultamentos (e batismos, casamentos e confirmações) somente seriam feitos se a família estivesse rigorosamente em dia com as contribuições. Talvez até a Santa Ceia seria cobrada (poderia-se vender “uma ficha” na secretaria antes do culto e, na hora de vir para a Ceia no altar, alguém recolheria esta ficha). Você percebe o ridículo desta idéia? Pois é, coisas de mercado…

Na lei da igreja, é bem diferente. Nem lei ela é. É Evangelho. Busca-se viver pela graça. Por causa do reconhecimento do que Jesus fez por nós, vivemos em gratidão e contribuímos e ofertamos com alegria, responsabilidade e generosidade. Contudo, se alguém tenta se beneficiar da graça em proveito próprio e, com isso não contribui, é porque sua mente ainda não entendeu este maravilhoso Evangelho e ela só consegue viver pela lei do mercado.

Com qual lei você gostaria que nossa Comunidade continuasse existindo? Pense com carinho nisso.

Grande abraço,
Pastor Carlos

Mensagem Pastoral - Abril 2014
01:18 , qua, 02/abr/14

Mensagem Pastoral – Abril 2014

As fontes da cidade

 Disse Jesus “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.”
João 7.37-38 

Uma das maiores sedes das pessoas na atualidade, especialmente para quem vive nos grandes centros urbanos, é a ansiedade. E esta ansiedade está relacionada à correria, à pressa, ao nervosismo, à disputa constante, ao stress, à insegurança, ao medo, às preocupações com o pagamento das contas, à solidão, ao anonimato, etc…

Quando Jesus disse “se alguém tem sede, venha a mim e beba”, Ele não estava se referindo à sede de beber algo, à sede física, mas a sede espiritual, pois logo ele vai falar que, crendo nele, matamos nossa sede e ainda podemos ser fonte de água que mata a sede dos outros.

A fé em Cristo é um verdadeiro alento para todos, mas especialmente para quem vive ansioso em seu dia a dia. Não quer dizer que, porque temos fé em Jesus, nossos problemas e dificuldades vão sumir. Não. O trânsito na cidade vai continuar congestionado, mas, por causa desta fé em Cristo, terei muito mais paciência para enfrenta-lo. Os perigos de assaltos vão continuar existindo, mas terei muito mais coragem se tiver que passar por uma situação assim.

A grande questão que deve nos ocupar neste assunto é: Como é que as pessoas sedentas da cidade de Canoas podem ter acesso à água que Jesus oferece?

Sabemos pela própria explicação de Jesus que isso ocorre pela fé. Mas ainda assim persiste a dúvida: O que significa evangelizar as pessoas da cidade nos tempos de hoje?

Estou convencido de que PRECISAMOS SABER ACOLHER! E isso podemos fazer de muitas formas: recebendo as pessoas com muito amor e atenção, tendo tempo para ouvir o que elas tem para dizer, sentar com elas, ajuda-las nas suas necessidades, importar-se com elas, orar com elas e por elas, encaminhá-las para algum pequeno grupo da Comunidade, convidar para outros eventos e programações da Comunidade, telefonar para perguntar como vai, buscar em casa e levar para casa, se preciso for, …

Lembremos sempre do slogan da nossa Comunidade: “Aqui você pode compartilhar anseios e alegrias”. Os anseios são justamente tudo aquilo que nos causa ansiedade. É certo que em Canoas existem outras fontes da Água Viva (outras igrejas que também anunciam o Evangelho de Jesus e isto é muito bom). Mas queremos nos empenhar ao máximo para que cada vez mais as pessoas sedentas saciem na Comunidade Evangélica de Canoas sua sede através de Jesus. Estamos juntos nisso?

Grande abraço,
Pastor Carlos

Mensagem Pastoral - Março 2014
17:53 , dom, 02/mar/14

Mensagem Pastoral – Março 2014

Nunca vimos uma coisa assim!

 “Alguns dias depois, Jesus voltou para a cidade de Cafarnaum…Enquanto Jesus estava anunciando a mensagem, trouxeram um paralítico. Ele estava sendo carregado por quatro homens…” Marcos 2.1-4 

A história da cura do paralítico de Cafarnaum termina com esta expressão de admiração e louvor a Deus: Nunca vimos uma coisa assim! Ele foi curado e perdoado por Jesus. Mas também é possível imaginarmos que a admiração da multidão tenha ocorrido por outros motivos:

- Nunca vimos uma compaixão como a que tinham aqueles quatro homens pelo paralítico;
- Nunca vimos uma persistência como a que tinham aqueles quatro homens diante dos obstáculos pelo acúmulo de pessoas em torno de Jesus.
- Nunca vimos um trabalho de equipe tão criativo como fizeram aqueles quatro homens para colocarem o paralítico diante de Jesus, pelo teto.
- Nunca vimos tamanhapara que o paralítico fosse curado. Fé que os quatro homens tinham em Jesus, e que foi percebida por Ele (v. 5)

Esta bela história narrada nos Evangelhos pode ser uma ótima inspiração para qualquer trabalho diaconal da nossa Comunidade em meio à nossa cidade.
Em primeiro lugar constatamos com facilidade que existem muitas pessoas em Canoas que precisam ser levadas até Jesus.
As necessidades delas são bem diversificadas: necessidades de saúde, de alimento espiritual, de consolo, de educação, de atenção, de orientação…e do Evangelho.

Em segundo lugar, os “métodos” utilizados pelos quatro homens podem servir de inspiração para o nosso trabalho diaconal. O ponto de partida é a compaixão, pois sem ela não teremos a motivação necessária para ajudar as pessoas. Persistência é algo que não pode faltar neste serviço ao próximo pois os obstáculos são enormes e de todo tipo e ordem. O trabalho em equipe, as parcerias são preciosa ferramenta para superar a maior parte das dificuldades. Fico imaginando que na história bíblica uns motivavam os outros: “vamos lá, vai dar certo!!” E por fim a importância da fé em Jesus. Ele é que tem o poder da cura e do perdão dos pecados.

Prezada Comunidade: Neste ano de 2014 em que a IECLB apresenta este tema do ano relacionado à Missão Urbana, não podemos perder tempo para abraçarmos as famílias da Rua da República (Comunidade da Tia Cleusa) e levá-las cada vez mais à presença de Jesus, como fizeram os quatro amigos do paralítico.

Grande abraço,
Pastor Carlos

Mensagem Pastoral - Jan & Fev 2014
07:00 , sex, 27/dez/13

Mensagem Pastoral – Jan & Fev 2014

Comunhão com palavras do coração!

Certo dia, ao adentrar no quarto de uma senhora internada no hospital para um tratamento de quimioterapia, apresentei-me como de costume e logo fui convidado pela paciente para me assentar ao lado de seu leito. Conversamos sobre diversos assuntos: o seu diagnóstico e respectivo tratamento, sua vida, a ausência de sua família, sua profissão, seu time de coração… enfim, após aproximadamente 30 min., encerramos o nosso diálogo com uma oração. Despedimo-nos com um cordial aperto de mão.

Retornei ao seu quarto no dia seguinte. E no seguinte, e no seguinte… e sempre era acolhido com carinho e cordialidade. Conversávamos, orávamos e nos despedíamos com um cordial aperto de mão. Após dias de internação, fui ao seu quarto como de costume, bati na porta, adentrei, disse “bom dia” a ela e, imediatamente, ela me respondeu: “Daniel, me diga hoje apenas algumas palavras do coração!”
Perante aqueles olhos doces me fitando, pensei por milésimos de segundos: “E agora? O que dizer?” Desviei e fugi de sua solicitação, talvez por medo, insegurança ou incapacidade de conseguir atingir e cumprir o desafio que estava diante de mim, ou seja, falar palavras do e de coração para aquela senhora enferma. Fato é, que a visita transcorreu como de costume: diálogo seguido de oração e de um aperto de mão.

Outro dia! Outra visita! Fui ao seu quarto, adentrei vagarosamente, pois o quarto estava escuro e quieto. Vi que a senhora estava acompanhada de uma técnica de enfermagem – ou seria um anjo? – pois em silêncio e com afeto segurava a mão daquela senhora enferma. Ambas permaneciam de olhos fechados. Assisti aquela cena por alguns segundos e me retirei calado, afinal a paciente tinha – quem sabe? – encontrado alguém – um anjo – que em silêncio lhe comunicava através de um gesto de carinho, de ternura e de atenção algumas Palavras do Coração.

Com isso aprendi que Palavras do Coração não são verbalizadas, mas sim, expressadas, também através de um silenciar, de um olhar, de um toque… junto ao nosso próximo.

Desejo que possamos neste Tempo de Natal e no Ano Novo que se aproxima receber, mas também doar Palavras do Coração. Que nas nossas vidas possamos sempre de novo redescobrir a mensagem natalina, na qual a Palavra e o Amor de Deus se encarnam na criança de Belém, demonstrando que o carinho, o acolhimento e a atenção ao próximo são expressões concretas de todo nosso corpo, de todo nosso ser, como Jesus Cristo nos ensinou em sua vida e em seu ministério pastoral. Que possamos receber, mas também doar Palavras do Coração tal qual aquele anjo junto ao leito daquela senhora enferma.

Grande abraço,
Daniel Hoepfner.

Mensagem Pastoral - Dezembro 2013
06:55 , sex, 27/dez/13

Mensagem Pastoral – Dezembro 2013

E a estrela da manhã brilhe no coração de vocês

 “No caminho viram a estrela, a mesma que tinham visto no Oriente. Ela foi adiante deles e parou acima do lugar onde o menino estava. Quando viram a estrela, eles ficaram muito alegres e felizes. Entraram na casa e encontraram o menino com Maria, a sua mãe. Então se ajoelharam diante dele e o adoraram. Depois abriram os seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.” Mateus 2.9-11 

O GPS dos reis magos era uma estrela que os conduziu até a estrebaria de Belém onde o menino Jesus tinha nascido. Em nossa vida urbana Infelizmente nós não temos mais o hábito de admirar as estrelas, muito menos temos a necessidade de sermos guiados por elas para chegarmos aos lugares para onde nos deslocamos.

Antigamente este era o meio pelo qual as pessoas se guiavam nas longas viagens, seja por terra ou por mar. De dia guiavam-se pelo sol, uma das maiores estrelas da Via Láctea.
À noite guiavam-se pelas estrelas, especialmente pelas cinco estrelas que formam o Cruzeiro do Sul.

Em 2 Pedro 1.19 temos um interessante texto que trata deste mesmo assunto: “Assim temos mais confiança ainda na mensagem anunciada pelos profetas. Vocês fazem bem em prestar atenção nessa mensagem. Pois ela é como uma luz que brilha em lugar escuro, até que o dia amanheça e a luz da estrela da manhã brilhe no coração de vocês.” A mensagem anunciada pelos profetas em tantos textos do Antigo Testamento dizia respeito à vinda do Salvador. Mas podemos considerar toda a Palavra de Deus como mensagem na qual “devemos prestar atenção”. Assim como diz o Salmo 119.105, “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho”, na medida em que lemos e ouvimos esta palavra, esta mensagem, somos guiados, conduzidos até Jesus Cristo. Esta estrela da manhã, que é Jesus, já brilha em nossos corações, mas quando toda a escuridão desaparecer, então Jesus se manifestará plenamente através da sua segunda vinda e estabelecerá seu Reino de forma definitiva. É isso que tanto esperamos e celebramos no Advento.

Percebo sempre de novo como existem pessoas, inclusive membros da nossa comunidade, que vivem totalmente desnorteadas por não seguirem a luz de Cristo, mas se deixam conduzir pelas luzes ofuscantes de tantas seitas, doutrinas e ensinamentos estranhos ao Evangelho.

Desejamos de coração que neste tempo de Advento e Natal esta luz da Palavra possa iluminar e guiar a sua vida para um encontro renovado com o menino que nasceu em Belém.

Grande abraço,

Daniel, Ana Raquel,
Soraya e pastor Carlos

Mensagem Pastoral - Novembro 2013
03:30 , sex, 08/nov/13

Mensagem Pastoral – Novembro 2013

Deus é castelo forte e bom

 “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.” Salmo 46.1 

O título desta mensagem é também o título do hino de Lutero mais conhecido no mundo, especialmente nas igrejas protestantes. Provavelmente composto em 1528, o mesmo foi baseado no Salmo 46 que contém esta belíssima declaração de fé e confiança em Deus.

A letra do hino não deixa dúvidas de que Lutero travava enorme luta. Seus inimigos são mencionados no hino: O rei infernal das trevas do mal, o rei do mal, de força infernal, a dor, o tormento, os inúmeros demônios, as hostes da maldade e, por fim, a perda dos bens e a própria morte.

Pela história também sabemos que, devido a sua coragem contestadora, Lutero foi ameaçado diversas vezes e corria risco de vida, seja pelo Imperador Carlos V, seja pelos líderes da Igreja Católica. Em maio de 1521, por ordem do Príncipe Frederico III, simularam um sequestro e levaram Lutero para um lugar seguro, o Castelo de Wartburg. Neste castelo Lutero ficou escondido até março de 1522. É bem possível que esta experiência de viver protegido neste castelo também tenha contribuído na composição deste hino.

Tanto o salmista como Lutero experimentaram Deus como verdadeiro protetor, refúgio, fortaleza e castelo forte. E você, em quem (em quê) tem se refugiado? Onde você experimenta proteção?
Outra pergunta que também merece nossa sincera resposta é: do quê tenho que me refugiar e proteger?

Em meio à onda de insegurança que vivemos no nosso país, geralmente a primeira ameaça que lembramos são os assaltos à mão armada. Evidente que esta é uma experiência traumática e ninguém gosta de passar por isso. Ou então, nosso medo se volta pra alguma doença grave que pudéssemos contrair. Mas isso só mostra o quanto temos nossas preocupações voltadas apenas para esta vida terrena e breve. Não deveríamos também nos preocupar com a vida após a morte?

Quando buscamos a Deus como nosso refúgio e castelo forte, não significa que ele é como um amuleto protetor. A nossa fé e confiança nele precisam entrar em cena e se fazerem presentes. Daí sim nosso protetor entra em ação e podemos experimentar verdadeira proteção.

No dia 31 de outubro de 2013 lembramos os 496 anos da Reforma Protestante, liderada por Matinho Lutero. Se Lutero foi tão corajoso e audacioso em falar tantas verdades a partir de suas descobertas na Bíblia, é porque conhecia e usufruía da proteção de Deus, seu Castelo Forte.

Que Deus nos inspire através deste exemplo a sermos igualmente corajosos para continuarmos anunciando as verdades do Evangelho em nossos dias.

Grande abraço,

Pastor Carlos

Mensagem Pastoral - Outubro 2013
04:36 , sex, 04/out/13

Mensagem Pastoral – Outubro 2013

A liberdade que Jesus nos dá

 “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres. Por isso, continuem firmes como pessoas livres e não se tornem escravos novamente.” Gálatas 5.1 

O assunto da LIBERDADE CRISTÃ precisa ganhar espaço neste mês de outubro quando comemoramos o aniversário da Reforma Luterana. Isso porque este assunto é um dos maiores tesouros descobertos por Martinho Lutero e do qual podemos usufruir. Na verdade, a Liberdade Cristã começou a ser experimentada quando Lutero foi um corajoso instrumento nas mãos de Deus para libertar o próprio Evangelho que havia sido aprisionado pela Igreja Católica Romana ao longo da Idade Média. As pessoas chegaram a ser proibidas de ler a Bíblia e a grande maioria delas nem se quer, tinha acesso a uma Bíblia.

Lutero chegou a escrever um pequeno livro (Da Liberdade Cristã) para externar suas ideias sobre o assunto. Uma das principais teses deste livro diz o seguinte: “Um cristão é senhor livre sobre todas as coisas e não está sujeito a ninguém. Um cristão é servidor de todas as coisas e sujeito a todos.” (p.9) O que Lutero quis dizer com estas frases aparentemente contraditórias? Que uma das primeiras bênçãos de quem decide seguir a Cristo é experimentar a libertação de todas as coisas (sejam elas pessoas, passado, pecados, poderes malignos, vícios, leis, medos,…) Por outro lado, assim que o cristão se torna livre disso tudo, passa a ser servo de Cristo e também servo dos outros em gratidão a Deus e por amor ao próximo.

Mas, na prática, em nossos dias, qual a importância desta redescoberta de Lutero acerca da liberdade e ensinada pelo Apóstolo Paulo? Também hoje é possível experimentar a libertação destas “coisas” através de Cristo. O poder de Jesus continua o mesmo. Na medida em que as pessoas vão ao encontro de Cristo e aceitam o seu Evangelho ele as liberta completamente. A libertação geralmente é instantânea, perceptível (a pessoa logo percebe um alívio) e visível (muitas vezes vi mudanças na fisionomia das pessoas). O resultado desta liberdade é alegria e gratidão que são transformados em desejo de “fazer algo por Cristo e pelo próximo”.

A segunda frase de Paulo em Gl 5.1 é igualmente importante. Ele pede aos cristãos da Galácia que permaneçam na liberdade proporcionada por Cristo e que não voltem novamente para a escravidão. Também isso não é difícil de perceber em nossos dias. Constantemente me deparo com cristãos que medem seu “grau de espiritualidade” pelo constante desejo de controlar a vida dos outros através de “admoestações” e “exortações” sem fim, achando que, por estas exigências legalistas estão ajudando os mais novos na caminhada de fé. Não, não estão ajudando, estão sim é impondo “pesados fardos” como já faziam os fariseus na época de Jesus. E isto é voltar à escravidão.

Deus nos ajude a viver com alegria esta liberdade de Cristo.

Grande abraço,

Pastor Carlos

Mensagem Pastoral - Setembro 2013
18:01 , sex, 30/ago/13

Mensagem Pastoral – Setembro 2013

A alegria que o Senhor dá

 “Este dia é sagrado para o nosso Deus; portanto, não fiquem tristes. A alegria que o Senhor dá fará com que vocês fiquem fortes.” Neemias 8.10 

Com tanto frio e tanta chuva neste inverno, podemos saudar com alegria a chegada de setembro, da primavera, da estação das flores, do canto do sabiá, do sol abundante e do calor que gera vida. Isso tudo é importante.

Mas existe uma alegria maior do que estas: A alegria que o Senhor dá. Esta não é passageira, nem superficial. E como é que podemos ter esta alegria?
Vejamos o que aconteceu com o povo de Israel, no capítulo 8 de Neemias: O povo estava reunido e Neemias levou o Livro da Lei e este foi lido “desde o amanhecer até o meio dia”. E diz o v. 9 que o povo ficou comovido com o que ouvia da leitura do livro e começou a chorar. Neemias, então, disse: “Este dia é sagrado para o Senhor, nosso Deus; portanto, não fiquem tristes. A alegria que o Senhor dá fará com que vocês fiquem fortes.”

Na medida em que seguimos o exemplo do povo de Israel, nossos domingos deveriam ser dias especiais, não tanto pelo descanso, mas sobre tudo por ser o dia sagrado que dedicamos para ouvir a Palavra do Senhor. E quando ouvimos atentamente a Palavra do Senhor, temos orientação, consolo, encorajamento… e, consequentemente, muita alegria!
E mais, uma alegria que não sentimos sozinhos, fechados em nossas casas, mas uma alegria que celebramos na companhia dos irmãos e irmãs. Foi isso que Neemias disse a eles: “Agora vão para casa e façam uma festa. Repartam a sua comida e o seu vinho com quem não tiver nada preparado.” (v.10)

Em nosso convívio dominical percebo claramente que muitos chegam ao culto expressando a alegria pelo reencontro e alegria pela expectativa daquilo que vão ouvir e ver no culto. Estes também saem do culto agradecendo e vão fortalecidos em sua fé para uma nova semana. Infelizmente há também aqueles que dificilmente comparecem e nem ficam sabendo o que perderam. Ou aqueles que sempre estão encolhidos e “emburrados” por que não são totalmente atendidos em seus desejos egoístas. Estes, às vezes, roubam a alegria dos demais fazendo com o “clima” do ambiente fique carregado.
O que precisamos fazer sempre de novo, em cada domingo, é vir ao culto com alegria para ouvir a Palavra para sairmos fortalecidos. Portanto, cheguemos mais perto uns dos outros, abracemos, espalhemos sorrisos, entremos em sintonia com a natureza que desperta para a vida e recebamos de coração aberto a alegria que o Senhor dá.

Grande abraço,

Pastor Carlos