Arquivos do mês: maio 2014

Mensagem Pastoral - Junho 2014
22:20 , sex, 30/mai/14

Mensagem Pastoral – Junho 2014

Babel, Pentecostes e Copa?

 “Aí disseram: Agora vamos construir uma cidade que tenha uma torre que chegue até o céu. Assim ficaremos famosos e não seremos espalhados pelo mundo inteiro.” Gênesis 11.4 

Se pesquisamos no Google o assunto “edifício mais alto do mundo” vamos constatar que, em meio a tantas guerras e disputas em nosso mundo, existe também uma disputa permanente entre os países para ver quem tem o edifício mais alto do mundo. Desde 2010 o mais alto do mundo é o Burj Khalifa, no Dubai com 828 mts. Neste ano de 2014 os EUA concluem o edifício mais alto do Ocidente (541 mts), o One World Trade Center, construído no local onde existiam as chamadas “Torres Gêmeas”, destruídas no atentado do 11 de setembro de 2001. Também em 2014 a China irá concluir o seu edifício com 632 mts e, em 2019, está previsto o maior de todos, na Arábia Saudita, com cerca de 1.000 mts!!! São as “torres de Babel” dos nossos dias. O objetivo parece que continua o mesmo: “assim ficaremos famosos”.

Naquela história de Gênesis 11, diz que o povo da época, construiu uma cidade e nesta cidade começaram a construir a torre. A cidade chamava Babel, também chamada de Babilônia, a mesma onde Nabucodonosor era rei e para onde o povo de Israel foi levado prisioneiro e ali ficou por 70 anos (Jr 25-34).

A construção da torre de Babel foi interrompida por Deus e ele fez isso através do milagre de “atrapalhar” a comunicação entre eles que, até então, só falavam uma língua. Como eles não mais entendiam o que os outros falavam, diz o texto que se espalharam pelo mundo.

No dia de Pentecostes aconteceu um milagre ao contrário de Babel. Pelo poder do Espírito Santo, povos vindos de todos os lugares para Jerusalém e com línguas diferentes, começaram a entender a pregação que Pedro fazia a respeito de Jesus. Este milagre aconteceu porque Deus queria que os diferentes povos ouvissem e entendessem o Evangelho. O propósito aqui era bem diferente daquele que os habitantes de Babel tinham de ficarem famosos.

E a Copa, o que tem a ver com isso? Muita coisa, eu diria. Uma semelhança é que nos três eventos existe muita gente reunida e gente de todos os lugares (em Babel lemos sobre a origem destes muitos povos). Outra semelhança entre Babel e a Copa é que o propósito de buscar a fama está bem presente. E não são apenas os jogadores, os times, os técnicos que querem ficar famosos. Também os governos, o mercado, o turismo e os construtores destes estádios querem tirar proveito do evento.

Existem vantagens de sediarmos uma Copa? Acho que sim. Espero que sim. Desde que ela não sirva apenas para criar novos famosos ou nos desviar de nossa realidade e nossos problemas cotidianos.

Grande abraço,
Pastor Carlos

22:16 , sex, 30/mai/14

Boletim – Junho 2014

Mensagem Pastoral - Maio 2014
01:24 , sex, 02/mai/14

Mensagem Pastoral – Maio 2014

O Mercado e a Igreja

 “Ai de você! Ai de você, Babilônia, grande e poderosa cidade! Em apenas uma hora você já foi castigada! Os comerciantes do mundo inteiro também gritam e se lamentam por causa dela porque ninguém mais compra os produtos deles. Ninguém compra o seu ouro, prata,… seda, lã…perfumes, vinho, azeite, farinha…nem gado e ovelhas, cavalos e carruagens, nem escravos ou outros seres humanos.” Apocalipse 18.10-13. 

Tanto e mercado como a igreja fazem parte de qualquer cidade. Podemos até dizer que existe uma lei do mercado e uma lei da igreja. A lei do mercado é dirigida pelo lucro a lei da igreja, pelo Evangelho. As duas são muito diferentes.

Uma das maiores dificuldades da igreja é que, na maioria das vezes, seus membros são regidos apenas pela lei do mercado e esquecem como funcionam as coisas na igreja. Portanto, vejamos algumas diferenças:

Na lei do mercado, existem contratos e as leis são bem rígidas, especialmente quando o cliente não cumpre com suas obrigações. Com um dia de atraso, o cliente já é castigado com juros e multas. No mercado nada é de graça. Tudo precisa ser pago. Também no mercado se vende de tudo. Conforme o texto de Apocalipse, na grande cidade da Babilônia, vendiam-se até “escravos e outros seres humanos”. E não assim que se diz que “cada pessoa tem seu preço”? Infelizmente esta é a lei que determina quase tudo em nossas cidades, desde a política (quando ela é dominada pelo “toma-la, dá cá”) passando pelo comercio e inclusive o mundo do crime. Por vezes, algumas igrejas também funcionam por esta lei. Como Comunidade Evangélica de Canoas temos resistido a esta lei. Pois se a adotássemos, algumas coisas seriam bem diferentes, por exemplo: as contribuições não seriam mais livres, mas valores estipulados; contribuições atrasadas teriam juros e multa, além de um cobrador para ligar e lembrar os membros do pagamento. Daí, também sepultamentos (e batismos, casamentos e confirmações) somente seriam feitos se a família estivesse rigorosamente em dia com as contribuições. Talvez até a Santa Ceia seria cobrada (poderia-se vender “uma ficha” na secretaria antes do culto e, na hora de vir para a Ceia no altar, alguém recolheria esta ficha). Você percebe o ridículo desta idéia? Pois é, coisas de mercado…

Na lei da igreja, é bem diferente. Nem lei ela é. É Evangelho. Busca-se viver pela graça. Por causa do reconhecimento do que Jesus fez por nós, vivemos em gratidão e contribuímos e ofertamos com alegria, responsabilidade e generosidade. Contudo, se alguém tenta se beneficiar da graça em proveito próprio e, com isso não contribui, é porque sua mente ainda não entendeu este maravilhoso Evangelho e ela só consegue viver pela lei do mercado.

Com qual lei você gostaria que nossa Comunidade continuasse existindo? Pense com carinho nisso.

Grande abraço,
Pastor Carlos

01:21 , sex, 02/mai/14

Boletim – Maio 2014