Babel, Pentecostes e Copa?
Se pesquisamos no Google o assunto “edifício mais alto do mundo” vamos constatar que, em meio a tantas guerras e disputas em nosso mundo, existe também uma disputa permanente entre os países para ver quem tem o edifício mais alto do mundo. Desde 2010 o mais alto do mundo é o Burj Khalifa, no Dubai com 828 mts. Neste ano de 2014 os EUA concluem o edifício mais alto do Ocidente (541 mts), o One World Trade Center, construído no local onde existiam as chamadas “Torres Gêmeas”, destruídas no atentado do 11 de setembro de 2001. Também em 2014 a China irá concluir o seu edifício com 632 mts e, em 2019, está previsto o maior de todos, na Arábia Saudita, com cerca de 1.000 mts!!! São as “torres de Babel” dos nossos dias. O objetivo parece que continua o mesmo: “assim ficaremos famosos”.
Naquela história de Gênesis 11, diz que o povo da época, construiu uma cidade e nesta cidade começaram a construir a torre. A cidade chamava Babel, também chamada de Babilônia, a mesma onde Nabucodonosor era rei e para onde o povo de Israel foi levado prisioneiro e ali ficou por 70 anos (Jr 25-34).
A construção da torre de Babel foi interrompida por Deus e ele fez isso através do milagre de “atrapalhar” a comunicação entre eles que, até então, só falavam uma língua. Como eles não mais entendiam o que os outros falavam, diz o texto que se espalharam pelo mundo.
No dia de Pentecostes aconteceu um milagre ao contrário de Babel. Pelo poder do Espírito Santo, povos vindos de todos os lugares para Jerusalém e com línguas diferentes, começaram a entender a pregação que Pedro fazia a respeito de Jesus. Este milagre aconteceu porque Deus queria que os diferentes povos ouvissem e entendessem o Evangelho. O propósito aqui era bem diferente daquele que os habitantes de Babel tinham de ficarem famosos.
E a Copa, o que tem a ver com isso? Muita coisa, eu diria. Uma semelhança é que nos três eventos existe muita gente reunida e gente de todos os lugares (em Babel lemos sobre a origem destes muitos povos). Outra semelhança entre Babel e a Copa é que o propósito de buscar a fama está bem presente. E não são apenas os jogadores, os times, os técnicos que querem ficar famosos. Também os governos, o mercado, o turismo e os construtores destes estádios querem tirar proveito do evento.
Existem vantagens de sediarmos uma Copa? Acho que sim. Espero que sim. Desde que ela não sirva apenas para criar novos famosos ou nos desviar de nossa realidade e nossos problemas cotidianos.
Grande abraço,
Pastor Carlos