Boletins & Mensagens Pastorais

Mensagem Pastoral - Jan & Fev 2014
07:00 , sex, 27/dez/13

Mensagem Pastoral – Jan & Fev 2014

Comunhão com palavras do coração!

Certo dia, ao adentrar no quarto de uma senhora internada no hospital para um tratamento de quimioterapia, apresentei-me como de costume e logo fui convidado pela paciente para me assentar ao lado de seu leito. Conversamos sobre diversos assuntos: o seu diagnóstico e respectivo tratamento, sua vida, a ausência de sua família, sua profissão, seu time de coração… enfim, após aproximadamente 30 min., encerramos o nosso diálogo com uma oração. Despedimo-nos com um cordial aperto de mão.

Retornei ao seu quarto no dia seguinte. E no seguinte, e no seguinte… e sempre era acolhido com carinho e cordialidade. Conversávamos, orávamos e nos despedíamos com um cordial aperto de mão. Após dias de internação, fui ao seu quarto como de costume, bati na porta, adentrei, disse “bom dia” a ela e, imediatamente, ela me respondeu: “Daniel, me diga hoje apenas algumas palavras do coração!”
Perante aqueles olhos doces me fitando, pensei por milésimos de segundos: “E agora? O que dizer?” Desviei e fugi de sua solicitação, talvez por medo, insegurança ou incapacidade de conseguir atingir e cumprir o desafio que estava diante de mim, ou seja, falar palavras do e de coração para aquela senhora enferma. Fato é, que a visita transcorreu como de costume: diálogo seguido de oração e de um aperto de mão.

Outro dia! Outra visita! Fui ao seu quarto, adentrei vagarosamente, pois o quarto estava escuro e quieto. Vi que a senhora estava acompanhada de uma técnica de enfermagem – ou seria um anjo? – pois em silêncio e com afeto segurava a mão daquela senhora enferma. Ambas permaneciam de olhos fechados. Assisti aquela cena por alguns segundos e me retirei calado, afinal a paciente tinha – quem sabe? – encontrado alguém – um anjo – que em silêncio lhe comunicava através de um gesto de carinho, de ternura e de atenção algumas Palavras do Coração.

Com isso aprendi que Palavras do Coração não são verbalizadas, mas sim, expressadas, também através de um silenciar, de um olhar, de um toque… junto ao nosso próximo.

Desejo que possamos neste Tempo de Natal e no Ano Novo que se aproxima receber, mas também doar Palavras do Coração. Que nas nossas vidas possamos sempre de novo redescobrir a mensagem natalina, na qual a Palavra e o Amor de Deus se encarnam na criança de Belém, demonstrando que o carinho, o acolhimento e a atenção ao próximo são expressões concretas de todo nosso corpo, de todo nosso ser, como Jesus Cristo nos ensinou em sua vida e em seu ministério pastoral. Que possamos receber, mas também doar Palavras do Coração tal qual aquele anjo junto ao leito daquela senhora enferma.

Grande abraço,
Daniel Hoepfner.

06:58 , sex, 27/dez/13

Boletim – Jan & Fev 2014

Mensagem Pastoral - Dezembro 2013
06:55 , sex, 27/dez/13

Mensagem Pastoral – Dezembro 2013

E a estrela da manhã brilhe no coração de vocês

 “No caminho viram a estrela, a mesma que tinham visto no Oriente. Ela foi adiante deles e parou acima do lugar onde o menino estava. Quando viram a estrela, eles ficaram muito alegres e felizes. Entraram na casa e encontraram o menino com Maria, a sua mãe. Então se ajoelharam diante dele e o adoraram. Depois abriram os seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.” Mateus 2.9-11 

O GPS dos reis magos era uma estrela que os conduziu até a estrebaria de Belém onde o menino Jesus tinha nascido. Em nossa vida urbana Infelizmente nós não temos mais o hábito de admirar as estrelas, muito menos temos a necessidade de sermos guiados por elas para chegarmos aos lugares para onde nos deslocamos.

Antigamente este era o meio pelo qual as pessoas se guiavam nas longas viagens, seja por terra ou por mar. De dia guiavam-se pelo sol, uma das maiores estrelas da Via Láctea.
À noite guiavam-se pelas estrelas, especialmente pelas cinco estrelas que formam o Cruzeiro do Sul.

Em 2 Pedro 1.19 temos um interessante texto que trata deste mesmo assunto: “Assim temos mais confiança ainda na mensagem anunciada pelos profetas. Vocês fazem bem em prestar atenção nessa mensagem. Pois ela é como uma luz que brilha em lugar escuro, até que o dia amanheça e a luz da estrela da manhã brilhe no coração de vocês.” A mensagem anunciada pelos profetas em tantos textos do Antigo Testamento dizia respeito à vinda do Salvador. Mas podemos considerar toda a Palavra de Deus como mensagem na qual “devemos prestar atenção”. Assim como diz o Salmo 119.105, “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho”, na medida em que lemos e ouvimos esta palavra, esta mensagem, somos guiados, conduzidos até Jesus Cristo. Esta estrela da manhã, que é Jesus, já brilha em nossos corações, mas quando toda a escuridão desaparecer, então Jesus se manifestará plenamente através da sua segunda vinda e estabelecerá seu Reino de forma definitiva. É isso que tanto esperamos e celebramos no Advento.

Percebo sempre de novo como existem pessoas, inclusive membros da nossa comunidade, que vivem totalmente desnorteadas por não seguirem a luz de Cristo, mas se deixam conduzir pelas luzes ofuscantes de tantas seitas, doutrinas e ensinamentos estranhos ao Evangelho.

Desejamos de coração que neste tempo de Advento e Natal esta luz da Palavra possa iluminar e guiar a sua vida para um encontro renovado com o menino que nasceu em Belém.

Grande abraço,

Daniel, Ana Raquel,
Soraya e pastor Carlos

06:50 , sex, 27/dez/13

Boletim – Dezembro 2013

Mensagem Pastoral - Novembro 2013
03:30 , sex, 08/nov/13

Mensagem Pastoral – Novembro 2013

Deus é castelo forte e bom

 “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.” Salmo 46.1 

O título desta mensagem é também o título do hino de Lutero mais conhecido no mundo, especialmente nas igrejas protestantes. Provavelmente composto em 1528, o mesmo foi baseado no Salmo 46 que contém esta belíssima declaração de fé e confiança em Deus.

A letra do hino não deixa dúvidas de que Lutero travava enorme luta. Seus inimigos são mencionados no hino: O rei infernal das trevas do mal, o rei do mal, de força infernal, a dor, o tormento, os inúmeros demônios, as hostes da maldade e, por fim, a perda dos bens e a própria morte.

Pela história também sabemos que, devido a sua coragem contestadora, Lutero foi ameaçado diversas vezes e corria risco de vida, seja pelo Imperador Carlos V, seja pelos líderes da Igreja Católica. Em maio de 1521, por ordem do Príncipe Frederico III, simularam um sequestro e levaram Lutero para um lugar seguro, o Castelo de Wartburg. Neste castelo Lutero ficou escondido até março de 1522. É bem possível que esta experiência de viver protegido neste castelo também tenha contribuído na composição deste hino.

Tanto o salmista como Lutero experimentaram Deus como verdadeiro protetor, refúgio, fortaleza e castelo forte. E você, em quem (em quê) tem se refugiado? Onde você experimenta proteção?
Outra pergunta que também merece nossa sincera resposta é: do quê tenho que me refugiar e proteger?

Em meio à onda de insegurança que vivemos no nosso país, geralmente a primeira ameaça que lembramos são os assaltos à mão armada. Evidente que esta é uma experiência traumática e ninguém gosta de passar por isso. Ou então, nosso medo se volta pra alguma doença grave que pudéssemos contrair. Mas isso só mostra o quanto temos nossas preocupações voltadas apenas para esta vida terrena e breve. Não deveríamos também nos preocupar com a vida após a morte?

Quando buscamos a Deus como nosso refúgio e castelo forte, não significa que ele é como um amuleto protetor. A nossa fé e confiança nele precisam entrar em cena e se fazerem presentes. Daí sim nosso protetor entra em ação e podemos experimentar verdadeira proteção.

No dia 31 de outubro de 2013 lembramos os 496 anos da Reforma Protestante, liderada por Matinho Lutero. Se Lutero foi tão corajoso e audacioso em falar tantas verdades a partir de suas descobertas na Bíblia, é porque conhecia e usufruía da proteção de Deus, seu Castelo Forte.

Que Deus nos inspire através deste exemplo a sermos igualmente corajosos para continuarmos anunciando as verdades do Evangelho em nossos dias.

Grande abraço,

Pastor Carlos

03:27 , sex, 08/nov/13

Boletim – Novembro 2013

Mensagem Pastoral - Outubro 2013
04:36 , sex, 04/out/13

Mensagem Pastoral – Outubro 2013

A liberdade que Jesus nos dá

 “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres. Por isso, continuem firmes como pessoas livres e não se tornem escravos novamente.” Gálatas 5.1 

O assunto da LIBERDADE CRISTÃ precisa ganhar espaço neste mês de outubro quando comemoramos o aniversário da Reforma Luterana. Isso porque este assunto é um dos maiores tesouros descobertos por Martinho Lutero e do qual podemos usufruir. Na verdade, a Liberdade Cristã começou a ser experimentada quando Lutero foi um corajoso instrumento nas mãos de Deus para libertar o próprio Evangelho que havia sido aprisionado pela Igreja Católica Romana ao longo da Idade Média. As pessoas chegaram a ser proibidas de ler a Bíblia e a grande maioria delas nem se quer, tinha acesso a uma Bíblia.

Lutero chegou a escrever um pequeno livro (Da Liberdade Cristã) para externar suas ideias sobre o assunto. Uma das principais teses deste livro diz o seguinte: “Um cristão é senhor livre sobre todas as coisas e não está sujeito a ninguém. Um cristão é servidor de todas as coisas e sujeito a todos.” (p.9) O que Lutero quis dizer com estas frases aparentemente contraditórias? Que uma das primeiras bênçãos de quem decide seguir a Cristo é experimentar a libertação de todas as coisas (sejam elas pessoas, passado, pecados, poderes malignos, vícios, leis, medos,…) Por outro lado, assim que o cristão se torna livre disso tudo, passa a ser servo de Cristo e também servo dos outros em gratidão a Deus e por amor ao próximo.

Mas, na prática, em nossos dias, qual a importância desta redescoberta de Lutero acerca da liberdade e ensinada pelo Apóstolo Paulo? Também hoje é possível experimentar a libertação destas “coisas” através de Cristo. O poder de Jesus continua o mesmo. Na medida em que as pessoas vão ao encontro de Cristo e aceitam o seu Evangelho ele as liberta completamente. A libertação geralmente é instantânea, perceptível (a pessoa logo percebe um alívio) e visível (muitas vezes vi mudanças na fisionomia das pessoas). O resultado desta liberdade é alegria e gratidão que são transformados em desejo de “fazer algo por Cristo e pelo próximo”.

A segunda frase de Paulo em Gl 5.1 é igualmente importante. Ele pede aos cristãos da Galácia que permaneçam na liberdade proporcionada por Cristo e que não voltem novamente para a escravidão. Também isso não é difícil de perceber em nossos dias. Constantemente me deparo com cristãos que medem seu “grau de espiritualidade” pelo constante desejo de controlar a vida dos outros através de “admoestações” e “exortações” sem fim, achando que, por estas exigências legalistas estão ajudando os mais novos na caminhada de fé. Não, não estão ajudando, estão sim é impondo “pesados fardos” como já faziam os fariseus na época de Jesus. E isto é voltar à escravidão.

Deus nos ajude a viver com alegria esta liberdade de Cristo.

Grande abraço,

Pastor Carlos

04:12 , sex, 04/out/13

Boletim – Outubro 2013

Mensagem Pastoral - Setembro 2013
18:01 , sex, 30/ago/13

Mensagem Pastoral – Setembro 2013

A alegria que o Senhor dá

 “Este dia é sagrado para o nosso Deus; portanto, não fiquem tristes. A alegria que o Senhor dá fará com que vocês fiquem fortes.” Neemias 8.10 

Com tanto frio e tanta chuva neste inverno, podemos saudar com alegria a chegada de setembro, da primavera, da estação das flores, do canto do sabiá, do sol abundante e do calor que gera vida. Isso tudo é importante.

Mas existe uma alegria maior do que estas: A alegria que o Senhor dá. Esta não é passageira, nem superficial. E como é que podemos ter esta alegria?
Vejamos o que aconteceu com o povo de Israel, no capítulo 8 de Neemias: O povo estava reunido e Neemias levou o Livro da Lei e este foi lido “desde o amanhecer até o meio dia”. E diz o v. 9 que o povo ficou comovido com o que ouvia da leitura do livro e começou a chorar. Neemias, então, disse: “Este dia é sagrado para o Senhor, nosso Deus; portanto, não fiquem tristes. A alegria que o Senhor dá fará com que vocês fiquem fortes.”

Na medida em que seguimos o exemplo do povo de Israel, nossos domingos deveriam ser dias especiais, não tanto pelo descanso, mas sobre tudo por ser o dia sagrado que dedicamos para ouvir a Palavra do Senhor. E quando ouvimos atentamente a Palavra do Senhor, temos orientação, consolo, encorajamento… e, consequentemente, muita alegria!
E mais, uma alegria que não sentimos sozinhos, fechados em nossas casas, mas uma alegria que celebramos na companhia dos irmãos e irmãs. Foi isso que Neemias disse a eles: “Agora vão para casa e façam uma festa. Repartam a sua comida e o seu vinho com quem não tiver nada preparado.” (v.10)

Em nosso convívio dominical percebo claramente que muitos chegam ao culto expressando a alegria pelo reencontro e alegria pela expectativa daquilo que vão ouvir e ver no culto. Estes também saem do culto agradecendo e vão fortalecidos em sua fé para uma nova semana. Infelizmente há também aqueles que dificilmente comparecem e nem ficam sabendo o que perderam. Ou aqueles que sempre estão encolhidos e “emburrados” por que não são totalmente atendidos em seus desejos egoístas. Estes, às vezes, roubam a alegria dos demais fazendo com o “clima” do ambiente fique carregado.
O que precisamos fazer sempre de novo, em cada domingo, é vir ao culto com alegria para ouvir a Palavra para sairmos fortalecidos. Portanto, cheguemos mais perto uns dos outros, abracemos, espalhemos sorrisos, entremos em sintonia com a natureza que desperta para a vida e recebamos de coração aberto a alegria que o Senhor dá.

Grande abraço,

Pastor Carlos

17:54 , sex, 30/ago/13

Boletim – Setembro 2013