Mensagem Pastoral – Agosto 2012

Mensagem Pastoral - Agosto 2012
21:31 , dom, 05/ago/12

Que fé orienta nossa vida?

 “… mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé.” I Timóteo 1.19 

Como aquilo que você ouve na igreja se reflete no dia-a-dia? Há conexão entre a fé “domingueira” e a fé cotidiana?

A vida cotidiana é permeada de crenças e sinais. Ouvimos pessoas, mesmo em nosso meio, falando: “que azar”, “alguém me rogou praga”, “hoje é sexta-feira treze”. Só que respeitar as diferenças religiosas é muito diferente de aderir a tudo, perdendo a própria identidade.
A mídia é muito eficaz em apresentar crenças. Aquilo que assistimos está nos ensinando teologias e conceitos referentes à fé.

Um exemplo é a “onda” proveniente de grupos esotéricos (Nova Era) e de alguns meios espíritas, das crianças índigo e cristal. Reportagens e até uma novela apresentam essa ideia. Seriam duas novas gerações de indivíduos (ou espíritos) que chegam a Terra para causar uma reviravolta de paradigmas. As pessoas índigo seriam as nascidas a partir de 1980, e as cristal, a partir de 2000. Mas esta ideia não tem respaldo científico, pois não se trata de ciência: trata-se de fé.

Os “índigo” são irrequietos, contestadores, não podem ser contrariados, não fixam a atenção, não conseguem lidar com frustrações. Mas a Sociedade de Pediatria de São Paulo (Dra. Miriam R. F. Silveira, do Departamento Científico de Saúde Mental), assim diz: “No que concerne ao comportamento descrito destas crianças, observamos que o quadro é muito semelhante ao observado nos casos de transtorno do déficit de atenção com ou sem hiperatividade, os quais possuem critérios rígidos e específicos para que se faça um diagnóstico correto. Devemos evitar a banalização deste diagnóstico (TDAH), bem como a medicação excessiva, ambos observados ultimamente em nosso meio”.

Aqui encontramos uma triste evolução: a falta de limites migrou para um exagero de uso de medicação, e agora, uma espiritualização. São jeitos de não se responsabilizar pela educação. E colocar as crianças em um patamar “mais evoluído”, melhores que os outros, especiais, são atitudes extremamente prejudiciais e de desamor. Esse é um exemplo do que recebemos diariamente, e por detrás, estão conceitos como a reencarnação, o “carma”, a “aura” e outros, que não são pertinentes à fé cristã e influenciam a educação de nossos filhos.
Vejam o conselho que Paulo deu a Timóteo. Manter a fé e a boa consciência requer conhecimento, estudo e devoção no dia-a-dia. A qual fé você aderiu e segue – o que é mais forte em você? Felizmente a confessionalidade evangélico-luterana tem pilares muito claros e definidos. Uma boa oportunidade de encontrar respostas é participar do Curso Alpha. Você já se inscreveu?

Um abraço fraterno
Soraya Heinrich Eberle

Comments are closed.